PATRONO MÁRIO MARTINS

Mário Martins de Almeida

Patrono da EMEB

     Em 23 de julho de 1.974, em homenagem ao herói Mário Martins de Almeida, falecido no conflito da Revolução de 1932, nossa escola passou a denominar-se ESCOLA ESTADUAL DE PRIMEIRO GRAU MÁRIO MARTINS DE ALMEIDA. Em 22 de maio de 1.998, através do Decreto Municipal publicado no “NOTÍCIAS DO MUNICÍPIO”, passou-se a denominar-se ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL “MÁRIO MARTINS DE ALMEIDA”. Data que se oficializou a MUNICIPALIZAÇÃO. Saiba mais sobre a história do nosso patrono.


Pesquisa: Professora Claudia Lotufo da Silveira Leite
   
Estudante morto no estopim da Revolução de 32 é de São Manuel, SP
   Mário Martins foi um dos 4 jovens mortos na invasão à Liga Revolucionária.
   Das iniciais dos nomes deles surgiu o movimento oposicionista MMDC.

   Há mais de 80 anos, os paulistas se levantavam contra o governo federal para exigir uma nova constituição. O estopim da guerra foi a morte de quatro jovens estudantes. Em São Manuel (SP), a fazenda onde viveu um dos jovens mortos ainda é preservada pela família. O antigo casarão ainda guarda detalhes do século 19. Tudo muito conservado.
Nos banheiros ainda se usam as banheiras antigas. Os móveis, em perfeito estado, fazem quem entra na casa voltar no tempo. Nas paredes estão retratos de figuras do passado, muitos deles, parecem pintados à mão e documentos com mais de 100 anos ainda permanecem bem guardados. Foi no casarão que Mário Martins de Almeida viveu parte da juventude. “Ele foi um dos protagonistas da revolução de 1932”, explica Eduardo Ayres Delamonica, pesquisador histórico.
   Em 1930, um ano depois da crise do café, Getúlio Vargas assumiu o país. No governo provisório, o presidente nomeou interventores para governar São Paulo. Contrariados, os grandes fazendeiros de café, começaram a organizar um movimento no estado para derrubar Vargas e pedir uma nova constituição no país.
   O estopim da revolta teve início com a morte de quatro jovens no centro da cidade de São Paulo, em 23 de maio de 32. Os estudantes Mário Martins de Almeida, Euclides Miragaia, Dráusio Marcondes de Sousa e Antônio Camargo de Andrade morreram durante uma tentativa de invasão ao escritório da Liga Revolucionária, grupo que apoiava o governo. "Colocaram uma escada para tentar subir e esses quatro, no meio da multidão, foram alvejados e os corpos cairam no chão. Os manifestantes, como forma de protesto, carregaram os corpos e levaram até a Praça da República, onde existe um monumento erguido para eles, dalí começou a revolução de 32", ressalta o pesquisador.

Mário Martins morreu durante a invasão à Ligação Revolucionária (Foto: reprodução/TV Tem)

   Das iniciais dos jovens mortos nasceu o movimento oposicionista conhecido como MMDC - Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. Mário Martins foi um dos jovens que morreram em 1932. O primeiro M da sigla é em homenagem ao jovem de São Manuel. No dia 9 de julho de 1932, o estado de São Paulo se levantou em defesa da democracia. “Ele é nascido em São Manuel, nós temos até a certidão de nascimento dele”, ressalta o pesquisador.
Mário Martins de Almeida nasceu em São Manuel em 1901. Estudou na capital e trabalhou em fazendas da família em Sertãozinho, também no interior paulista. Segundo os historiadores, Martins estava na capital para visitar os pais e acabou se envolvendo com a manifestação. O corpo dele foi sepultado em São Paulo e atualmente está no Mausoléu do Obelisco do Ibirapuera. Mas, São Manuel ainda guarda relíquias de um dos seus filhos mais ilustres.



Das iniciais dos nomes dos quatro jovens surgiu o movimento MMDC (Foto: reprodução/TV Tem). 

  No museu da cidade há uma sala exclusiva da revolução de 32. São objetos que homenagem os combatentes desta batalha. São capacetes, fardas e uma pasta só do Mário Martins de Almeida. Inclusive com uma cópia da certidão de nascimento, provando que ele é de São Manuel. Na certidão consta a inscrição de que ele lutou na revolução.
   O museu recebe mais de 300 pessoas por mês. Segundo a coordenadora, Aparecida Toledo Crotti muita gente visita o local para aprender mais sobre a revolução, principalmente sobre Martins. “Pessoal vem muito pela curisidade, conhecer mais sobre este epsódio da nossa história”, conta a coordenadora.
   Além de Mário Martins, o museu conta a história de outros nascidos na cidade que lutaram na revolução. Um deles é Alberto Mártyre, que também morreu, mas em batalha. Os cartazes de convocação estão por toda a parte e munições, documentos e brasões do estado guardam um pouquinho da história da revolução.





Fazenda da família de Mário conserva as características do século 19 (Foto: reprodução/TV Tem)

   Outras cidades do interior paulista participaram da revolução. A cidade de Chavantes teve grande importância para o movimento revolucionário. Chavantes fica na divisa do estado de São Paulo com o Paraná.
   A ponte pênsil que separa os estados foi construída na década de 20 para o escoamento da produção de café, mas durante a revolução constitucionalista de 32 ela teve outra finalidade. A ponte foi bloqueada para impedir o avanço das tropas federalistas em território paulista.



Ponte Pênsil de Chavantes foi importante para revolução de 32 (Foto: reprodução/TV Tem)

  A revolução de 32 teve duração três meses. Neste período 135 mil homens participaram da batalha. Do lado paulista, 850 soldados perderam a vida. O estudante Orlando de Oliveira Alvarenga, também ficou ferido no ataque durante o ataque que matou os quatro jovens. Ele ficou internado e morreu no final da revolução. Por esse motivo, não teve seu nome associado ao movimento.
  Em Jaú (SP), Teve comemoração da revolução de 32 com homenagem aos combatentes. A parada foi na praça da república no centro da cidade. Muita gente se reuniu para assistir às homenagens póstumas aos representantes jauenses. Houve desfile com a presença da Polícia Militar e do Tiro de Guerra.
  Um monumento em homenagem à revolução foi inaugurado. Em Bauru, para relembrar a Revolução de 32 foram criados monumentos, como o que fica na Avenida Rodrigues Alves, próximo ao cemitério, e a Praça 9 de julho.

  Revolução de 32: A Guerra dos Paulistas
 
 Reportagem sobre a Revolução Constitucionalista de 1932 exibida pelo programa Globo Repórter em julho de 1992.





Observação:
Fim da Revolução Constitucionalista
Em 1º de outubro de 1932, quase quatro meses depois de iniciado o conflito, os paulistas renderam-se, pois não tinham mais soldados suficientes e nem mantimentos para manterem a batalha contra o Governo Provisório. As forças militares fiéis a Vargas derrotaram as tropas paulistas.


As fotos a seguir foram na homenagem ao nosso patrono em 1974, onde nossa escola passou a denominar-se: "Escola Estadual de Primeiro Grau "Mário Martins de Almeida" (Processo nº 8.224/72 - SE),  nas imagens uma das  irmãs do Mário Martins de Almeida, o ex-diretor Orlando Moral, o ex-prefeito Geraldo Faria Rodrigues,  vereadores da época, ex-combatentes da Revolução de 32 e exposição com objetos relacionados a revolução de 32.





Sessentou - Uma viagem no tempo é uma produção das turmas dos 
Quartos Anos D e F 2023 em comemoração aos sessenta anos da nossa querida escola. 

Sinopse: Ana é estudante e está preocupada com um trabalho de História sobre a Revolução de 1932. Ao cair em um buraco, viaja no tempo e encontra o jovem Mário Martins de Almeida, a caminho da manifestação em 23 de maio. A que conclusões ela chegará sobre esse evento? 

Os cenários utilizados foram confeccionados pelas crianças, assim como os personagens. As cenas históricas foram feitas a partir de imagens retiradas principalmente do blog da nossa escola. As canções, cantadas pelas crianças, são de autoria de Elisa Serrano. O texto do cordel, de Leila Ruyz. As músicas de uso público usadas na produção são: https://slip.stream/tracks/3ed2dcfa-3... https://slip.stream/tracks/3317f5bd-b... 

Agradecemos a todos os que, de alguma forma, colaboraram para a existência deste trabalho. 
Professora Elisa Serrano


Turma do 2º ano F - 2014









Links para mais estudo
Acervo do Estadão

Comentários

  1. OBRIGADO PELA DEFERÊNCIA NO ARTIGO, ESTOU A DISPOSIÇÃO DE TODOS,

    ASSISTA A HISTÓRIA DE MÁRIO MARTINS DE ALMEIDA AQUI
    http://tvsaomanuel.blogspot.com/2014/07/a-face-sao-manuelense-da-revolucao-de.html

    ABRAÇOS EDUARDO AYRES DELAMONICA

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